Estivemos em Paris duas vezes, na primeira vez passamos cinco dias e na segunda oito. Quando decidimos incluir pela primeira vez a Cidade Luz no nosso roteiro, pesquisamos vários pacotes turísticos, fomos várias vezes à agências procurando um roteiro que se encaixasse nesses cinco dias, mas nos deparávamos sempre com um problema: os hotéis. Em todos os pacotes, os hotéis ofertados estavam fora dos arrondissements parisienses, ou seja, na “periferia” da cidade, longe dos pontos turísticos o que implicaria muito tempo com deslocamento. E foi ai que decidimos fechar tudo por conta própria e montar nosso próprio roteiro.
O “caracol” de Paris |
Para quem está indo a primeira vez e assim como nós prefere fechar tudo por conta própria, vamos dar algumas dicas e informações baseadas nas nossas experiências, para auxiliá-los nessa viagem!
Planeje-se com antecedência: Paris é uma das cidades mais turísticas do mundo, então, procure reservar sua hospedagem meses antes, principalmente se for nas férias de verão europeia (julho e agosto), onde todos os europeus viajam, ou em janeiro e fevereiro, época dos turistas do hemisfério sul.
Idioma: Conheço muitas pessoas que falam: “Ah, só vou à Paris quando eu falar francês.” Bom,de francês eu só falo bonjour, merci, pardón, oui, e excusez-moi, e posso te garantir que esse vocabulário foi mais do que suficiente!! rsrs…. Não vi nada disso das pessoas não quererem atender porque estava falando em inglês, nessas épocas de crise, o importante é vender! Pegamos alguns franceses abusados, sim, mas a maioria dispostos a atender e entender. E quando você tenta falar uma palavra em francês, eles veem sua gentileza e te atendem bem. Se não, é só sair e entrar na próxima loja ou no próximo restaurante, me estresso não!! Nas grandes lojas como as Galerias Lafayette o inglês é muito falado, só encontramos dificuldade mesmo em alguns cafés pequenos, de bairros, ou lojas mais antigas.
Passagem/Aeroportos: Nas nossas viagens à Europa, especialmente, sempre optamos por comprar nossas passagens em uma agência de viagens. Falo isso pela comodidade, e você ainda pode pegar algumas dicas e informações sobre roteiros, documentação, além do que, não lhe custará um centavo a mais. Confirme o aeroporto que irá desembarcar, Paris tem dois, o Orly (geralmente em voos com conexão) e o Charles de Gaulle/Roissy.
O aeroporto de Orly tem duas partes: Orly Sud e Ouest e Charles de Gaulle/Roissy são na verdade dois aeroporto. Procure se informar em qual deles a sua companhia aérea opera, tive uma experiência engraçada em Orly, o taxista me perguntou em qual deles iríamos ficar e fiquei perdida, ele insistiu tanto que acabei chutando, Suuuuud, vamos ficar no Sud! E não é que acertamos, por sorte!! Além do que, se for de RER, em Charles de Gaulle ele para primeiro em um e depois no outro, são duas estações diferentes. Se for o 2, você ainda precisará saber qual setor ou Hall: CDG A, CDG B, CDG C ou CDG D. Portanto nunca é demais repetir: Informe-se antes exatamente ode sua companhia aérea opera, isso vai lhe poupar tempo e caminhada.
Transf aeroporto: Minha sugestão é que na chegada, você opte pelo taxi, o qual eu considero a melhor opção, tente já incluir esse dinheiro no seu orçamento, pois depois de horas de voo internacional nada melhor que já chegar direto no hotel, sem fazer baldeações no RER, metrô ou ônibus. Mas, se não tiver problema você pode perfeitamente chegar em Paris através do RER (érroer), uma mescla de trem com metrô.
Tour: Paris é uma cidade plana, assim, dá perfeitamente para conhecê-la a pé. Mas quem tem pouco tempo na cidade ou quiser conhecê-la com mais detalhes, pode optar pelos conhecidos ônibus turísticos onde você desce e sobe a qualquer momento, além do que, ainda tem o áudio com explicações de cada parada. Pode parecer brega, mas nós fomos e adoramos o passeio de Bateau-Mouche no Rio Senna, que pode ser adquirido junto com o bilhete do ônibus.
Pontos turísticos: Paris está repleta de pontos turísticos e monumentos históricos, são Museus, praças, avenidas, como suas histórias e belezas. Por mais turístico que possa parecer, não deixe de subir na Torre Eiffel, andar sem pressa pela Avenue des Champs-Élysées, visitar a linda basílica de Sacre-Coeur em Montmartre, e a Cateral de Notre Dame, Museu do Louvre, Ópera Garnier, Jardins du Luxembourg, acho que dar uma passada em cada um deles é essencial, não necessariamente você precisa entrar em todos, mas quando lá estiver curta o máximo que puder. Vai subir na Torre? Não deixe de tomar uma taça de champagne no único bar do topo, o Bar Champagne, e brindar Paris do alto, por mais vezes que você volte a Paris, dificilmente você subirá novamente, então, aproveite!!! No Louvre, por exemplo, só entramos na segunda viagem.
Sinta-se como um parisiense: Nada melhor que estar numa cidade e sentir-se como um local. Em Paris você pode perfeitamente fazer programas dos moradores da cidade, como por exemplo,um piquenique. É muito comum ao final do dia as pessoas se reunirem nas margens do Sena e levar comidas e vinhos, fazer o piquenique ali mesmo. Já nas tardes de sol, de verão, é comum esses piqueniques em parques e áreas verdes da cidade. Fizemos nos dois! No Sena, levamos vinho e bebemos ao anoitecer, e nos Jardins de Luxembourg, levamos nossa bolsa com pães, queijos (brie, de preferência!), salmão defumado, chocolates e claro, champagne!! Foi um dos programas mais simples e inesquecíveis. Ao redor da Torre, é comum também as pessoas levarem champagne e vinhos e ficarem observando o espetáculo da Torre iluminando-se ao anoitecer.
Sabores: Como andávamos muito, sempre acabávamos almoçando em algum restaurante perto de one estávamos, mas, é muito fácil achar alguma comida boa por lá!! No Louvre, tem um restaurante bem acessível e com pratos bem modestos, vale a pena almoçar por lá. Nas Galerias Lafayette tem um andar todo dedicado à gastronomia, com bons restaurantes, se quiser comer ostras e outros frutos do mar, você encontra lá também! E no mais, uma massa ou pizza sempre salva. Em último caso, mas em último mesmo, recorremos ao McDonalds. Os crepes são um caso à parte, em cada esquina tem uma barraquinha com diversos sabores, especialmente, de Nutella! Além dos crepes, tenho muita saudade dos sorvetes Hägen-Daez, muito comum na Europa encontrarmos a própria sorveteria, com cada delícia. Sem falar nos maravilhosos macarons, da Ladurè, que deveria ser considerado patrimônio da cidade!
Metrô: O metrô de Paris, assim como os outros da Europa, é muito fácil de andar, basta antes você dar uma estudada de como funciona e traçar seu roteiro antes de sair o Hotel. Sempre antes de viajar, já estudo o mapa e vejo as estações que devo descer para chegar a algum ponto turístico, loja ou restaurante. Você pode fazer quantas baldeações quiser, desde que não saia da estação. Assim, poderá ir para qualquer lugar que a linha cobre. No mapa do metrô, o cruzamento das linhas (correspondance), aparece com uma O, quando estiver na plataforma procure as placas que tem escrito “CORRESPONDANCE”, e ao trocar de linha não saia da estação, caso contrário deverá pagar novamente.
Descontos: Cidadãos europeus e estrangeiros com visto de estudante com menos de 26 anos tem entrada livre em museus e monumentos, assim como pessoas acima de 60 anos. Várias instituições, e também alguns trens e ferries dão esse desconto, caso você se enquadre nessas condições procure as palavras tarif réduit (tarifa reduzida) ou demi-tarif (meia tarifa). Menores de 18 anos tem muito mais opção de descontos (pena que não fui à Paris nessa idade….). Mas, fique atento porque 22 Museus tem entrada gratuita nos primeiro domingo do mês (informe-se antes, pois não necessariamente o ano inteiro é assim).
Gorjetas: A taxa de serviço francês varia de 12% a 15%. Alguns estabelecimentos já incluem esse valor no preço de cada prato, outros ao valor da conta. Mas, como saber? Geralmente ao pé da conta virá a descrição service compris (ou sc) que significa que o serviço já está incorporado ao valor de cada prato, service non-compris, serviço não incorporado ou service en sus, quando a taxa de serviço é calculada em cima do valor total da conta, como acontece no Brasil. Fora isso, a gorjeta (pourboire) não é necessária, mas se quiser fazer uma gentileza pode deixar.
Costumes: Na Europa é muito comum beber água direto da torneira, (pode confiar, em Paris a prefeitura monitora constantemente a qualidade da água) assim, a maioria dos restaurantes costumam colocar uma garrafa de água na mesa assim que você senta. Em Paris, você pode pedir “une carafe d’eau”, que o garçom trará uma garrafa de água da pia, e não cobrará por ela. Uma economia para os seus euros, faça isso inclusive no hotel, beba água direto da torneira!!
Fotos. Paris é uma cidade extremamente fotogênica, mas nos museus é formalmente proibido usar flash para fotografar (dizem que tem a ver com os componentes químicos do flash sobre as obras de arte…). Em algumas Igrejas, como a Sacre-Coeur, é proibido inclusive fotografar, tente sempre ler os avisos antes de sacar sua câmera e sair disparando!
Eletricidade: A voltagem na Europa é de 220V/50 Hz em corrente alternada e os plugs são do padrão europeu com dois pinos redondos. Algumas tomadas tem o pino terra e é preciso um adaptador, que pode ser facilmente encontrado em alguma loja de artigos eletrônicos.
Espero que essas dicas sejam úteis para você, que está indo visitar a Cidade Luz pela primeira vez, no mais, relaxe e viva Paris, a cidade é encantadora!!!
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Laris, adorei o post!
Estava pesuisando em qual bairro ficar em Paris e vim ver onde você ficou, mas não achei.
Alguma indicação?
Oi, Livia!
Fiquei no Quartier Latin, perto da Catedral de Notre Dame! Um bom lugar pra ficar…outra dica, procure um Hotel dentro da zona urbana de Paris (que está na área circular da foto que tem aqui no Post). Não indico muito Montmartre pra se hospedar…tem um hotel perto da Torre Eiffel que minha prima já se hospedou, vou ver o nome e te falo!! Mas nessa área perto da Notre Dame é super bem localizada! Bjsss
Oi Larissa, qual o nome do hotel em que sua prima se hospedou? Ela recomenda? bjuu
Olá! O nome do Hotel que ela ficou é Hotel Eiffel XV! Sim, ela adorou, principalmente porque dava pra ir andando pra Torre! Muito perto!!
é possivel entrar com aguas nos museus? ou a garrafa vazia?
Thanks for the excellent manual